#SUPERPROFS – CONHEÇA A PROFESSORA DANIELA BADRA

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A querida Daniela Badra tem uma longa relação com a Aliança Francesa, antes mesmo de ser professora de francês ela já foi aluna da escola.

Na entrevista, Daniela relembra sua história de amor com a língua francesa, que começou quando era criança e continua até hoje, pois ela não para de fazer cursos e se aperfeiçoar. Ela já estudou até no Québec! Sorte dos seus alunos que podem aproveitar toda a sua bagagem cultural durante as aulas. Ela ainda dá um montão de dicas de filmes e séries em francês. Não deixe de ler!

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1 – Há quantos anos trabalha como professora  de francês da Aliança?

Entrei na escola em 1999 . Eu trabalhei como Professora autônoma e fui contratada como CLT em 2001.

2 – Já foi professora de quais unidades?

Eu já trabalhei na antiga unidade Jardim América, que depois virou Jardins, na Vila Mariana e Faria Lima também. Também trabalhei nas Unidades Centro, Tatuapé e Vila Madalena, onde fui Professora e Responsável de Unidade. Agora, também dou aulas na modalidade online.

3 – Qual é a sua formação acadêmica e nacionalidade?

Eu sou brasileira. Sou formada em Letras pela USP. Comecei o curso na Universidade Federal do Rio de Janeiro e depois me mudei para São Paulo, então pedi transferência.

4 – Como começou o seu aprendizado da língua francesa?

Morei na França, durante dois anos, quando tinha 7 anos. O meu pai trabalhava na empresa Michelin e foi transferido para lá. Eu e minha família morávamos na cidade de Clermont-Ferrand. Foi a partir daí que eu me apaixonei pela língua francesa e passei a estudá-la durante toda a minha vida. Quando eu voltei para o Brasil, fomos morar no Rio de Janeiro e estudei no Lycée Molière. Além disso, na adolescência, fui aluna da Aliança Francesa da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e nas Alianças do Butantã e Centro, em São Paulo, no final da faculdade de Letras na USP.

5 – Fale sobre 3 (ou mais) filmes francófonos que você gosta

“Madame Bovary”, “Les 400 coups”, de François Truffaut, “Les invasions barbares”, La tête en friche (Minhas tardes com Marguerite), “Trilogie Bleu-Blanc-Rouge : La liberté est blanche, l´égalité est bleue, la fraternité est rouge”, “Paris, je t´aime”, “La grande séduction”, um filme do Québec.

Tenho algumas dicas de série também: “La trêve”, um suspense belga, “Emily in Paris”, uma comédia romântica, “Osmosys”, uma ficção científica, “Mythe”, um drama e “Marseille”, uma série política.

6 – Fale sobre 3 livros (ou mais) francófonos que você gosta

Madame Bovary (Gustave Flaubert), Contos do Charles Perrault, L’Amant (Marguerite Duras), La peau de chagrin (Balzac),

7 – Quais são os 3 atores/atrizes francófonos prediletos?

Gerard Depardieu, Catherine Deneuve (8 femmes), Marion Cotillard (Minuit à Paris), Sophie Marceau (L´étudiante), Emmanuelle Béart ,

Omar Sy (Samba, Chocolat, Intouchables, série Lupin ), Chantal Lauby (Qu´est-ce qu´on a fait au bon Dieu?), Leila Bekhti, Audrey Tatou (Trilogie de Klapish : L´auberge Espagnole, Les poupées russes, Casse-tête chinois), Fanny Ardant (La femme d´à côté), Juliette Binoche (Chocolat, Celle que vous croyez, Décalage horaire), Michèle Laroque e Virginie Ledoyen.

8 – Quais são os 3 cantores/cantoras/bandas francófonos prediletos?

Tryo, Fabulous Trobadors, Amadou et Mariam, Kyo, Stromae, Terri Moise, Henri Salvador, Olivia Ruiz, Camille, Edith Piaff, ZAZ, Zazie, Les Nubians (Princesse Nubienne), Charles Aznavour.

9 – Por que você acha que há tantos brasileiros querendo aprender francês?

Os brasileiros têm interesse pela cultura francesa e consideram o francês uma língua bela e romântica. Meus alunos falam com frequência que a língua francesa é a mais bela do mundo. Também acredito que com tantas séries e filmes franceses disponíveis em plataformas de streaming, como a Netflix, a língua francesa se popularizou mais e atraiu o interesse dos jovens. O sucesso da série “Lupin” é um exemplo disso.

10 – Quais são as maiores dificuldades dos alunos brasileiros na hora de aprender francês?

Os alunos têm dificuldades com os verbos, com a negação também, pois a sua construção tem duas partes o “ne” e o “pas”. Outro problema é a pronúncia de palavras que são escritas de uma forma, mas pronunciadas de maneira diferente. Mas, o principal problema é a timidez. Os alunos não podem ter medo de falar na sala de aula. Só se aprende praticando.

11 – Quais dicas você dá para quem está aprendendo francês?

Acredito que estudar 15 minutos de francês todo dia seja um bom treino, pois o cérebro vai assimilando diariamente o conteúdo e se acostumando com a língua. Às vezes é melhor estudar assim do que estudar 2 horas direto, pois a nossa mente vai se cansando.

12 – Qual é o grande diferencial da Aliança Francesa?

A Aliança Francesa não é só uma escola de francês, ela oferece outras atividades de integração que possibilitam uma melhor aprendizagem. Na Aliança temos um Teatro na Unidade Centro, onde podemos levar os alunos para assistirem às peças, somos a única Instituição autorizada a realizar os exames de proficiência da língua francesa, inclusive sempre incentivamos os alunos a prestarem as provas. Outro diferencial é a formação dos professores, que são incentivados a se capacitarem e a se atualizarem continuamente.

O meu caso é um exemplo, eu realizei um estágio de um mês na Universidade de Montreal, também tive a oportunidade de cursar um Mestrado pela Universidade de Artois, através de um programa em parceria com a Aliança Francesa. Também realizei um curso no Centro de Linguística Aplicada, na cidade de Besançon.

Em 2017, participei também de congressos nacionais e internacionais para Professores de francês em Aracaju (Congresso da Federação Brasileira dos Professores de francês (FBPF).

Em 2018, participei, com alguns colegas da Aliança, do Congresso da SEDIFRALE (Federação Internacional de Professores de francês), em conjunto com a COPALC (Comissão para a América Latina, cujo tema foi Du repli au renouveau (Do recuo à renovação), com o objetivo de aperfeiçoar o processo de aprendizagem. Ele ocorreu na cidade de Bogotá, na Colômbia e foi uma experiência ímpar.

Além de participar de todos esses eventos e cursos, tive dois artigos publicados na revista FDLM (Français dans le Monde), um a respeito de blogs e o outro sobre Montreal.

 

ENSINO DO FRANCÊS NA AMÉRICA LATINA: PROFESSORAS VÃO A CONGRESSO

13 – Compartilhe alguma experiência que marcou a sua vida nesses anos de Aliança Francesa

Todo semestre tem uma reunião de feedback, com a opinião dos alunos sobre as aulas e os professores de maneira anônima. Em um deles, um aluno disse que ” sempre quis ter aula com a professora X” e que “não tinha se decepcionado”. Posteriormente, eu descobri que esse retorno era para mim.

Para mim, a relação com os alunos é primordial. Sem o carinho e a participação de cada um deles, seria impossível ter continuado nesta jornada de ensino-aprendizagem e ter tanto apreço pelo meu trabalho. Agradeço a cada um e a cada uma que me deu a chance de ensinar e aprender tanto durante todos esses anos . Levo todos no coração.

Além disso, sou muito grata pelas oportunidades profissionais que a Aliança Francesa me proporcionou, como o estágio no Québec e o Mestrado na França.

Eu também sempre recebi um grande apoio da Instituição e dos meus colegas, até em momentos pessoais difíceis. Queria, inclusive, deixar o meu agradecimento à Coordenadora Pedagógica da Aliança Francesa de São Paulo, Vanilda Teixeira, que vem me apoiando durante esses anos todos.

Também gostaria de agradecer a Professora Margarita Lamelo pelo Tutorado e as aulas maravilhosas sobre Cinema e Literatura , além das aulas de Literatura do Nancy.

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