Não há pessoa mais apropriada para falar sobre a Aliança Francesa de São Paulo, do que a Professora Danielle Goldstein.
Francesa, mas com coração brasileiro, Danielle trabalha há 51 anos na Aliança Francesa de São Paulo, lecionando sempre com muita dedicação. Você acredita que ela dá aulas para uma mesma turma há 24 anos? Vem conhecer melhor a nossa #SuperProf
1 – Há quantos anos trabalha como professora da Aliança?
Há 51 anos. Sou a professora mais antiga na Aliança Francesa de São Paulo.
2 – Já foi professora de quais unidades?
Já trabalhei na Vila Mariana, Brooklin, Jardins, Centro, Vila Madalena, Centro e Faria Lima.
3 – Qual é a sua formação acadêmica e nacionalidade?
Sou francesa, mas vim morar no Brasil com a minha família, quando tinha apenas 11 anos. Então, sou mais brasileira do que francesa. Eu sou formada em Letras e Tradução pela USP. Também sou Tradutora – Intérprete Diplomática.
4 – Como começou o seu aprendizado da língua francesa?
Como eu sou francesa, o francês é a minha língua materna.
5 – Fale sobre 3 (ou mais) filmes francófonos que você gosta.
- La Tête en Friche (Minhas tardes com Margueritte)
- La famille Bélier (A Família Bélier)
- Les Intouchables (Intocáveis)
- Amour (Amor)
6 – Fale sobre 3 livros (ou mais) francófonos que você gosta.
- Celles qui attendent, de Fatou Diome
- Une Vie, de Guy de Maupassant
- Monsieur Ibrahim Et Les Fleurs Du Coran, de Éric-Emmanuel Schmitt
- L’histoire de l’Acadie, de Nicolas Landry
7 – Quais são os 3 atores/atrizes francófonos prediletos?
- Michèle Piccoli
- Omar Sy
- Fanny Ardant
8 – Quais são os 3 cantores/cantoras/bandas francófonos prediletos?
- ZAZ
- Grand Corps Malade
- Charles Aznavour
- Carlos (nome verdadeiro: Jean-Christophe Doltovitch)
9 – Por que você acha que há tantos brasileiros querendo aprender francês?
Ah, primeiro porque falar francês é chic (risos). Também, por causa dos estudos. Muitas Universidades brasileiras, como a USP e a FGV têm parceria com Universidades francesas. Antes, o perfil que vinha aprender francês era de estudantes de Psicologia. Hoje, está muito variado! Temos estudantes de Direito, Gastronomia, Moda, Aeronáutica, Mecânica, Aviação, História e Arquitetura. Também há alunos que já são aposentados e agora decidiram estudar. Tenho aluno de todas as idades
10 – Quais são as maiores dificuldades dos alunos brasileiros na hora de aprender francês?
A maior dificuldade é a pronúncia do E,U, EN, IN. Além do uso dos tempos verbais. Mas, no geral, não há muita dificuldade, pois a estrutura da língua é latina, como na língua portuguesa. Eu sempre digo aos meus alunos que o sotaque não é um problema, é um charme. O mais importante é falar corretamente.
11 – Quais dicas você dá para quem está aprendendo francês?
O principal é ter uma motivação. É querer estudar francês. Ninguém aprende bem uma língua sendo forçado a estudar. Outro ponto importante é saber trabalhar em autonomia, fazer as lições e se dedicar ao aprendizado fora da sala de aula. O aluno não pode ficar esperando que o professor faça tudo e não pode ter medo de falar errado. Além disso, é importante ter um bom professor e estudar em uma escola séria.
12 – Qual é o grande diferencial da Aliança Francesa?
Os professores são formados e além disso são acompanhados constantemente pela coordenação pedagógica. A Aliança Francesa é uma escola séria, que oferece aulas lúdicas e dinâmicas.
13 – Compartilhe alguma experiência que marcou a sua vida nesses anos de Aliança Francesa.
Ah, são muitas. Eu ganhei a Palmes Académiques do governo da França, em reconhecimento a todos esses anos lecionando na Aliança Francesa. Eu também recebo muitas cartas de ex-alunos me elogiando e agradecendo por eu ter sido a professora deles. Nessas cartas, eles me contam um pouco sobre a vida deles, onde eles estão, o que estão fazendo… Eu até imprimo as cartas que mais me tocam. Tem uma carta muito especial de um ex-aluno meu, que era muito tímido, ele não falava nada na sala de aula e eu sempre tive muita paciência com ele. Na carta, ele me agradece por tudo e diz que estava estudando no MIT. Fiquei muito feliz por ele. É sempre uma satisfação acompanhar os alunos e ver que no final do semestre eles aprenderam. Em toda aula, o aluno tem que aprender alguma coisa nova, nem que seja uma só palavra, senão o meu objetivo como professora não foi alcançado.
Eu também tenho muito orgulho de ser professora de um curso de conversação para a melhor idade, que existe há 24 anos! São 12 alunas fiéis, que não perdem as aulas. Mesmo com a pandemia, elas souberam se adaptar e a gente continuou o curso on-line.
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